PITA FOGO BARRETOS

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sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Parte 6: O homossexual Beni

Um dos mais famosos homossexuais de Barretos nos anos 40 a 60, Benedito Carlos Piacentini, o Beni, tinha 58 anos em 1991 e morava em Jaboticabal, onde mantinha uma hospedaria. Ele é autor do livro: “Beni, o Mito Sexual de Uma Época”, em que conta a sua história. De fino trato, com invejável memória, Beni também publicou “A Casa Verde da Beira da Linha – Onde a AIDS Não Tinha Vez”, com episódios acontecidos em uma residência na Rua Fábio Junqueira Franco, no Bairro Exposição, entre os anos 58 e 68. O livro também conta de forma bem picante, a história do “Bico do Pavão” e da “Rosinha da Porteira”
Beni chamou a atenção dos barretenses a partir do carnaval de 1947, quando desfilou com fantasias femininas. Muitos caipirões pensavam inclusive que fosse mulher, em virtude de seus modos, trejeitos e beleza. Durante muito tempo trabalhou no comércio da cidade. Antes de freqüentar a zona do meretrício e montar sua própria casa, era “figurinha fácil” no “rendez voux” do idoso alcoviteiro Acácio, que também vivia do curandeirismo e cartomancia. Beni tinha como grandes companheiros, o garçom Diquinho e Ewelyn Rafael da Silva, que também mudou-se para Jaboticabal.


6ª parte de reportagem publicada no jornal O Diário, edição de 19 de maio de 1991, sob o título “Do Bico do Pavão a Rosinha da Porteira”

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