PITA FOGO BARRETOS

PITA FOGO BARRETOS

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Parte 3: Os cabarés em Barretos

Naqueles tempos, havia alguns cabarés conhecidos, às vezes, “verdadeiras espeluncas em que a sanfona animava as danças em meio as pancadarias, às facadas e ao tiroteio”, registra Ruy Menezes. “Um ficou famoso ao seu tempo: o ‘Pedro Isca’, autêntico símbolo da desordem. Outro era o ‘Torrador’, que se situava à rua 22, na esquina com avenida 3, perto dos trilhos da estrada de ferro, onde antes havia uma torrefação de café. E havia ainda mais outros, como o ‘Paineira’, assim designado por uma paineira que crescia em suas imediações, cada qual mais turbulento e agitado que o outro”.

Segundo Ruy Menezes, “o Bico do Pavão hoje já não mais existe, graças à ação enérgica do então subdelegado Jorge Abdala Thomé, que acabou espantando de lá as meretrizes, fechando-se em conseqüência os botequins e cabarés”. A partir de 1946, quando o meretrício foi transferido para as ruas 26, 28 e 30 e avenidas 17 e 15, o Dancyng “A Garota”, foi apelidado “Puxa Faca”, em virtude das constantes confusões e mortes. Alguns exagerados da época, garantem que quando não ocorria duas ou três mortes por noite, era “café fraco”.

Aqueles que dispunham de muito dinheiro, freqüentavam cabarés luxuosos. O mais famoso foi o “Cabaré Maringá”, na rua 20, avenidas 15 e 17. Posteriormente, foi substituído pelo “Dancyng Avenida”, também “Cantina do Nagib”, na esquina da rua 26 com avenida 15. Os shows eram deslumbrantes, visto que os estabelecimentos promotores ostentavam luxo. Artistas internacionais e companhias de balé proporcionavam espetáculos com freqüência. Durante muito tempo, o “Cassino Tropical” e “Cassino OK” funcionaram no prédio que abrigou a Estrela D’Oriente e onde está instalado o Escritório Bóro Contabilidade, na avenida 17.


3ª parte de reportagem publicada no jornal O Diário, edição de 19 de maio de 1991, sob o título “Do Bico do Pavão a Rosinha da Porteira”

Nenhum comentário:

Postar um comentário