PITA FOGO BARRETOS

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sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Parte 1: O meretrício

No período do eldorado barretense, com a “febre do gado”, a cidade abrigou uma instituição rentável, uma verdadeira atração turística: o meretrício. Os prostíbulos, conhecidos por lupanares ou pensões, eram freqüentados por gente de toda espécie, do milionário ao “pé-rapado”. O considerado “antro da perdição” movia o comércio e o município.

Sob a bandeira da moral e dos bons costumes, em 1910, algumas pessoas pediam providências ao delegado de polícia “para a malta de vagabundos e mulheres de vida airada” que todas as noites se reuniam na Estação Ferroviária, com comportamento inconveniente.

Osório Rocha, no livro “Barretos de Outrora”, conta que em 1918, Mario Barbosa, funda um cassino na rua 20, no prédio onde fica a União Síria. Segundo o historiador, “as senhoras barretenses se alarmam e protestam, com razão, pois ali impera o vício: bebida, jogo, vadiagem, mulheres”. O valentão Filogônio de Carvalho, que domina a cidade em 1925, é um dos freqüentadores e, de revólver à cinta, toma com as artistas lições de tango argentino.

Em 1919, a Câmara Municipal foi “honrada” com a vizinhança de um bordel. O fato provocou a indignação de muitos moradores.



1ª parte de reportagem publicada no jornal O Diário, edição de 19 de maio de 1991, sob o título “Do Bico do Pavão a Rosinha da Porteira”

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