-- Cometi uma arte e quero me entregar.... – disse.
-- Mas que arte você fez?
-- Vá você mesmo ver, perto de um pequeno córrego próximo da vila, pouco acima do arrozal. Lá está o que fiz.
Eduardo Borsato, o subdelegado de Itambé, o farmacêutico Reinaldo Pereira e Pascola Beraldi foram ao local indicado. Chegando, viram muita gente cercando o corpo de uma jovem de 16 anos. Foi morta com um tiro e várias facadas. A faca ainda estava cravada do lado direito. A mãe da jovem, Josefa da Conceição, gritava:
-- O assassino é o Antonio!....
Antes de matar a moça, Antonio Pires Cordeiro a encontrou a caminho junto com a sua irmã Isaura Santana, de 13 anos. A família havia se mudado para a vila e as jovens iam buscar as galinhas que já estavam no puleiro quando escureceu.
-- Então você não quer casar comigo, está me tapeando há muito tempo, -- disse ameaçador aquele lavrador, baiano de Juciabi, de 32 anos.
Não ouviu a resposta abafada da moça, dizendo “sim”. Ele a derrubou e lhe deu um tiro e as facadas.
Para escapar, a irmã da vítima refugiou-se num brejo, atolando no meio das taboas.
1ª parte de reportagem publicada originalmente no Jornal O Diário, edição de 10 de março de 1991, com o título "Maria Aparecida Conceição, a santinha de Itambé".
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