Zé Gonçalves lembrou a história do furacão que arrasou o lugarejo em 1926, quando Ibitu era conhecido por Itambé. O vento e a chuva de pedra derrubaram tudo. Não ficou um telhado. O povo se escondeu debaixo das mesas e camas.
-- Até galo mudou de terreiro!, exclamou.
E logo em seguida, ressaltou:
-- Mas marido não mudou de terreiro.
Segundo Zé Gonçalves, a chuva de granizo acabou atingindo cerca de um metro de altura nos acostamentos da estrada. A Igreja foi destruída. Só restou apenas ruína. Apenas uma velha cruz de madeira lembrava o templo onde hoje está instalada a escola do Distrito.
-- Antigamente, Ibitu tinha mais movimento, pois todo mundo tocava lavoura e gerava mais empregos. Havia até depósito de algodão.
E recordou com saudade dos tempos áureos do lugar que já teve farmácia, padaria, cinema mudo e banda de música.
-- Ibitu tinha a melhor banda de música da região. Uma vez conquistou o segundo lugar num concurso em que disputaram ainda Barretos, Jaboticabal, Olímpia e Bebedouro. Jaboticabal foi a campeã.
Quarta parte de texto publicado originalmente no Jornal O Diário de Barretos, edição de 27 de janeiro de 1991, sob o título: “Zé Gonçalves, um xerife no Ibitu”
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